segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Quem tem medo da contabilidade? O que você perde se esconder dados do contador

Você pratica a sonegação de documentos? Veja bem, não estamos falando de impostos, mas da omissão de informações. Se ainda tem medo da contabilidade, ou possui uma ideia distorcida sobre a importância dela para a empresa, é sério candidato a estar enganando a si próprio. Neste artigo, vamos entender onde mora o perigo. 

Medo da contabilidade? Eu?

Se você é um leitor assíduo do nosso blog, já leu aqui diversos artigos destacando a relevância do contador para pequenas empresas. Não é por que o seu negócio é de pequeno porte, tem estrutura enxuta e poucos funcionários que pode abdicar desse suporte.
Por exemplo, ao entender tudo o que um bom contador pode fazer por você, fica mais fácil perceber o seu importante papel. Em muitos casos, pode ser a diferença entre a vida ou a morte do seu sonho empreendedor.
Mesmo que a relação com esse profissional se limite a serviços básicos, como cálculo de impostos, ainda assim o apoio do contador é indispensável. Ou você gostaria de pagar mais tributos do que deve? Quem sabe errar, cometer uma ilegalidade involuntária e receber um fiscal da Receita Federal na sua porta?
Embora essa última imagem seja bastante desconfortável, há quem tenha mais medo da contabilidade do que do Fisco. Esse sentimento costuma se materializar na falta de confiança, com a sonegação de documentos.
Como um casal sem intimidade, a relação é prejudicada por segredos. Você não diz exatamente o que faz ao contador, nem como faz. E assim, acredita que não será julgado por ele, nem descoberto pelas autoridades. Será?

Os riscos da sonegação de documentos

Quem apela para a sonegação de documentos, seja ele qual for, não está enganando ao contador, mas principalmente a si próprio. E como você deveria saber, as consequências são bastante sérias. As duas principais são a cadeia e a falência da empresa. Qual lhe parece pior?

Responsabilização por conduta criminosa

Vender sem emitir nota fiscal, fazer caixa 2, deixar de recolher os impostos devidos por sua operação. Tudo isso se encaixa no conceito de evasão fiscal, que é crime, gera multas pesadíssimas e pode levar à cadeia.
É claro que quando esses atos são cometidos com má fé, na clara intenção de economizar com tributos, o dolo moral se torna ainda mais condenável. Mas mesmo que seja por uma trapalhada do empreendedor, desorganização ou qualquer ação involuntária, não há perdão da Justiça.
Se você acredita que nunca será descoberto, é melhor abrir os olhos. A Receita Federal tem aprimorado seus meios de monitoramento e controle de operações comerciais no Brasil. O cruzamento de dados está cada vez mais preciso.
Ou seja, a não ser que só negocie no chamado mercado negro, e que nenhum de seus clientes declare suas informações, você fatalmente será pego. Pode demorar um pouco, mas vai acontecer.
E se acha que, nesse dia, pode colocar a culpa no contador, é melhor rever seus conceitos. A sugestão é que leia este artigo, no qual abordamos até onde vai a responsabilidade do profissional contábil e em que momento o empreendedor é responsabilizado.
O recado é claro e objetivo: a omissão não o livra de responder por irregularidades.

Descontrole na gestão da empresa

Ainda que houvesse alguma chance de você escapar da responsabilização civil, penal e tributária (o que não há, vale reforçar), a sonegação de documentos não tardaria a levar sua empresa para o buraco.
Para entender melhor, tenha em mente o seguinte: a contabilidade é a principal ferramenta de gestão de qualquer empresa. Mas por que afirmamos isso? Faça a si próprio as seguintes questões e compreenda:
  • Como você define o regime de recolhimento de impostos mais vantajoso?
  • Como monitora receitas e despesas?
  • Como controla pagamentos e recebimentos?
  • Como estabelece a margem de lucro do negócio?
  • Como define o preço de venda de seus produtos ou serviços?
  • Como planeja investimentos?
  • Como sai de uma crise financeira?
  • Como ajusta o presente e projeta o futuro?
Essas são apenas algumas questões que trazem com maior clareza a importância da contabilidade para uma empresa. Sem a análise gerada pelos números do negócio, se torna impossível ter qualquer controle sobre ele, para o bem ou para o mal.
É como guiar um carro por uma rodovia, à noite, com faróis apagados. Você não sabe de onde veio, nem para onde vai e nem por quanto tempo vai resistir.
Não importa se é medo, vergonha ou desinteresse. Seja o que for que lhe motive a esconder informações do contador, desista agora mesmo da prática de sonegação de documentos. Mesmo que esteja adotando alguma postura ilícita no comando da empresa, esse profissional saberá ajudá-lo para consertar os rumos.

Em contabilidade, mentir é tão grave quanto omitir

Caso a situação seja um pouco diferente e você não sonegue documentos, mas maquie as informações contidas neles, não se sinta aliviado. Para fins contábeis, tão grave quanto a omissão é apresentar dados falsos - e pelas mesmas razões.
Ou seja, quem vai por esse caminho, certamente terá sua estratégia descoberta pelo Fisco em algum momento. Também seguirá sem ter informações confiáveis para definir os rumos da empresa. Seguirá empreendendo no escuro, esperando a falência chegar.
O pior dos erros talvez seja julgar tal conduta como um ato de esperteza. Mais do que enganar à Receita Federal ou ao contador, o empreendedor que vai pelo caminho da ilegalidade se engana a si próprio.

Considerações finais

Neste artigo, abordamos os riscos da sonegação de documentos e a necessidade de pequenos empresários perderem o medo e depositarem maior confiança no contador.
Como vimos, cuidar da contabilidade é uma tarefa imprescindível para ter uma base segura para a tomada de decisão na empresa. Ao mesmo tempo, omitir dados do contador não livra nenhum empreendedor das penalidades previstas em lei.
Se você adota alguma prática de gestão ilícita, como vender sem nota ou desviar recursos do caixa, abandone o hábito agora mesmo e converse com seu contador. Não permita que esse profissional, que tanto pode ajudá-lo, seja visto como uma figura estranha na empresa. 
Fonte:blogcontaazul

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A IMPORTÂNCIA DE UM BOM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

ENÉZIO CORREIA CHAVES NETO, Contador do escritório AME CONTÁBIL - Assessoria, Consultoria, Curso e Treinamento; Pós-graduado em Contabilidade e Planejamento Tributário pelo FSA e Bacharel em Ciências Contábeis pelo CESVALE.

Hoje em dia nos mais variados tipos de empresas, um planejamento tributário pode influenciar tanto de forma positiva como negativa no desempenho e na saúde financeira de uma empresa. Ao considerarmos que em nosso País existe umas das mais altas cargas tributárias do mundo, um planejamento tributário feito corretamente pode acarretar em uma economia tributária considerável, reduzindo os encargos a serem recolhidos aos cofres públicos e mantendo o capital economizado na empresa, ou um planejamento mal feito que causaria pagamentos desnecessários e indevidos ao fisco, aumentando os custos fiscais. A carga tributária em nosso País pode alcançar a marca de 33% do PIB no final deste ano, segundo o DCI - Diário Comércio Industria & Serviços, São Paulo, e pode ser agravada com o aumento das alíquotas do PIS/COFINS sobre os combustíveis, no qual influenciam diretamente e indiretamente para o aumento de preços de diversos setores, tornando cada vez mais alta a tributação sobre o contribuinte.

Sabe-se que os impostos, taxas e contribuições representam uma parcela notável dos custos nas empresas ao longo de sua existência, se não a maior. Com a crescente concorrência do mercado e a globalização da economia, torna-se quase que obrigatório a diminuição dos custos e despesas de uma empresa a fim de enxugar ao máximo para manter-se no mercado e, com o planejamento tributário adequado pode-se obter uma economia significativa, obedecendo a legislação.

 A Forma de planejamento para economia tributária que se baseia de forma lícita, por meio do conhecimento da legislação tributária vigente e obedecendo o ordenamento jurídico é a chamada elisão fiscal, que permite minorar os custos fiscais gastos pela entidade. Logo um bom profissional que atua na área tributária deve estar sempre atento às constantes mudanças na legislação, pois no momento atual de recessão do País, se tornam ainda mais frequentes.

Os altos encargos afetam diretamente a economia, pois são os contribuintes que suportam toda essa carga tributária em forma de tributos pagos a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Se o contribuinte não vai bem, consequentemente a economia do País também não, então para que possa ser suportado tamanha carga, é preciso um bom planejamento tributário a fim de amenizar tantos tributos pagos pelo contribuinte, fazendo com que o capital a ser economizado por meio do planejamento, possa ser reinvestido, alavancando o negócio, a economia e o País.

O planejamento tributário inicia-se com a escolha do melhor regime de tributação em que a empresa se adeque, se pelo lucro presumido, real ou simples. É muito importante que a escolha do regime de tributação seja feita de forma consciente e correta, pois feita a escolha, em regra a forma de tributação só poderá ser alterada no ano subsequente. Também é de extrema importância fazer anotações de algumas atividades da empresa durante o ano, como por exemplo as compras de mercadorias, na qual deve se verificar por qual alíquota de ICMS a mercadoria está sendo adquirida, pois poderá ser adquirida de outro fornecedor com uma alíquota menor. Dentre outros setores que devem ser observados e analisados com extrema cautela para que a economia tributária realmente aconteça.

Portando deve-se atentar bastante para o planejamento tributário adequado nas empresas, a fim de possuir com esse método, uma empresa enxuta e livre de pagamento de tributos indevidos e desnecessários, favorecendo assim as empresas que já tanto pagam para manter-se no atual mercado.