quarta-feira, 27 de julho de 2016

Auditoria Contábil no Setor Público. Por Enézio Correia Chaves Neto

        

A auditoria contábil aplicada ao setor público é um dos principais instrumentos de controle e acompanhamento dos recursos e gastos públicos, bem como um mecanismo favorável aos gestores públicos que os auxiliam no que se refere às ações e políticas voltadas à administração pública. Além de verificar os procedimentos adotados pelo departamento contábil público no que diz respeito às prestações das informações aos órgãos fiscalizadores da administração pública, dentre outros.

         A informação contábil passou a ser um recurso essencial para as entidades privadas, e não seria diferente para os órgãos públicos.  A administração pública passa por grandes mudanças, que por sua fez requer por parte dos gestores uma atenção redobrada no tratamento da coisa pública.

              É necessário que os gestores públicos estejam preparados para atuarem nesse novo cenário de mudanças e alterações impostas ao setor público brasileiro como, por exemplo, o advento da Lei nº 4.320/64, que ocasionou regras para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, seguida da Lei Complementar 101, conhecida como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e a elaboração das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP).    

         Entender a importância da auditoria contábil é muito relevante, pois é através dos procedimentos e exames nos registros contábeis, das demonstrações contábeis, que o profissional auditor apresenta relatórios de auditoria, opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais do setor público, etc.       
  
        Além de implantar o controle interno, que é um dos setores que a auditoria interna testa, a administração pública deve manter a manutenção do mesmo, ou seja, capacitar cada vez mais seus operadores com a finalidade de melhorar o papel primordial do controle interno.

           A contabilidade tem muito a oferecer aos órgãos públicos, seja por meio de auditorias, prestação de contas, acompanhamento de gestão, controle interno e diversos serviços relevantes da área pública. Assim, a auditoria contábil feita dentro do órgão público é de grande relevância para detectar erros ou fraudes que possam prejudicar a gestão pública.

          Observa-se como são tantas as exigências e as formas de atuação do setor de contabilidade na organização pública. Assim, a auditoria age diretamente na verificação dos procedimentos que são adotados na contabilidade, tendo como finalidade detectar algum erro ou fraude que possa comprometer a gestão pública, bem como dos seus administradores.

         Conclui-se que a auditoria no setor público tem no controle interno uns dos principais setores de auxílio e instrumento para a auditoria interna, juntamente com o setor contábil. Sendo assim, um instrumento de apoio da administração pública, a partir do momento em que passa a auxiliar o administrador no exercício da gestão pública.

         Entretanto, cabe aos órgãos públicos enfrentarem o desafio da transparência pública, criando mecanismos, como a auditoria contábil interna, e adaptando ferramentas para a sua promoção e avaliação, pois em um contexto do estado democrático de direito, a transparência é peça fundamental para uma gestão pública de qualidade.

Enézio Correia Chaves Neto, Contador e pós-graduando em Contabilidade e Planejamento Tributário.



terça-feira, 26 de julho de 2016

FIQUE ATENTO! Novo período para sacar R$ 880 de abono salarial começa na quinta-feira


Os trabalhadores que ainda não sacaram os R$ 880 de abono do PIS/Pasep de 2015 vão poder pegar seu dinheiro a partir da próxima quinta-feira (28).
O primeiro prazo dado tinha terminado no final de junho, mas o governo decidiu abrir um novo período para o saque, entre os dias 28 de julho e 31 de agosto.
Segundo o Ministério do Trabalho, cerca de 1,2 milhão de pessoas ainda não foram buscar o abono. Com os dias a mais, o governo espera que ao menos 300 mil trabalhadores consigam realizar o saque, somando R$ 264 milhões no total.
Foram pagos mais de R$ 18 bilhões a 22,27 milhões de trabalhadores até agora. "O abono salarial é um 14º salário direcionado ao trabalhador de baixa renda", afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Quem tem direito? O benefício é pago aos trabalhadores que receberam, em média, até dois salários mínimos por mês em 2014. É preciso estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter trabalhado por pelo menos 30 dias em 2014. Além disso, o patrão tem que ter informado os dados do trabalhador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho. 
Qual o valor? Um salário mínimo. 
O que acontece com o dinheiro não recebido? Os valores que não são sacados até o final do prazo vão para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), um fundo vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego e responsável pelo pagamento do seguro-desemprego, por exemplo.
Onde sacar o dinheiro? O PIS (Programa de Integração Social) é para trabalhadores de empresas privadas e deve ser sacado na Caixa, enquanto o Pasep (Patrimônio do Servidor Público) é para servidores públicos, e deve ser sacado no Banco do Brasil.
Mais informações: pelos telefones 158, 0800-7260207 (Caixa) e 0800-7290001 (Banco do Brasil). 

Abono de 2016 começa a ser pago neste mês

Na quinta-feira (28) também começa a ser pago o próximo abono salarial. Os primeiros a receber são os nascidos em julho (no caso de trabalhadores de empresas privadas) e os servidores públicos com final de inscrição 0 no Pasep.
Novamente, nem todos os trabalhadores vão receber o dinheiro em 2016. Quem nasceu de julho a dezembro recebe o benefício neste ano; os nascidos entre janeiro a junho receberão no começo do ano que vem.
Confira as datas de pagamento 

Tabela 



Fonte: uol.economia

sexta-feira, 22 de julho de 2016

quinta-feira, 21 de julho de 2016

IR 2017. Contribuinte já pode preencher rascunho da declaração do IR do ano que vem



O contribuinte que quiser adiantar o preenchimento da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física do ano que vem já pode reunir as informações a partir desta segunda-feira (2).

A Receita Federal disponibilizou o rascunho da declaração de 2017 na sua página na internet, no serviço Rascunho IRPF: http://zip.net/brp5QZ (link encurtado e seguro).

Os dados podem ser acessados de qualquer computador ou dispositivo móvel com o aplicativo App IRPF e ficam armazenados no sistema da Receita. Quando começar o prazo de entrega da declaração de 2017, o contribuinte pode importar as informações para o formulário.

Esse é o terceiro ano seguido que a Receita oferece o rascunho da declaração do IR. Em 2014, a ferramenta havia sido lançada em outubro. No ano passado, em julho. "Neste ano, o rascunho estará disponível no primeiro dia útil após o fim do prazo de entrega da declaração", disse o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.


A Receita pretende, ainda, facilitar a recuperação de senha para o contribuinte que fizer o rascunho. Quem esquecer a senha poderá usar a ferramenta de pergunta-chave. Ao responder a questão, o contribuinte recebe a combinação para voltar a acessar os dados fiscais.
fonte:uoleconomia

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O golpe do Simples Nacional



As diversas tabelas, faixas e critérios de enquadramento impedem o regime de atingir seus objetivos

Uma nova atualização do Simples Nacional está prestes a ser aprovada pelo Congresso. Esse regime tributário caracterizava-se pela facilidade da forma de pagamento e pela redução da carga de tributos. No complexo e oneroso sistema tributário brasileiro, infelizmente, o Simples ainda é a única forma que existe para que as empresas sobrevivam e, com isso, aumentem a concorrência no mercado, beneficiando os consumidores. Hoje, contudo, o Simples está longe de ser um regime ideal. As diversas tabelas, faixas e critérios de enquadramento impedem o regime de atingir seus objetivos. Por esse motivo, a sua atualização é, há muito tempo, aguardada com ansiedade pelo setor produtivo.

Todavia, a proposta apresentada decepciona, pois as tabelas elevam a carga tributária de muitas empresas. O aumento de preços médios na economia faz com que as empresas progridam de alíquota sem que estejam efetivamente crescendo em tamanho. Quando seus custos majoram com a inflação, uma empresa acaba aumentando suas receitas sem que esteja vendendo mais. Entre 2012 e 2018, ano em que o projeto deve iniciar sua vigência, a inflação deve acumular 49,4%. Desta forma, apenas para corrigir essa defasagem, o limite de receita bruta anual para enquadramento no Simples deveria atingir R$ 5,38 milhões, valor muito acima do proposto - R$ 4,8 milhões. Levando em conta essa defasagem, o aumento de impostos em 2018 superaria os 25% nas faixas de tributação inferiores a R$ 400 mil anuais, justamente as empresas mais vulneráveis.

O projeto ainda cria um Regime Misto a ser adotado por empresas cuja receita bruta ultrapasse R$ 3,6 milhões. Elas deverão recolher o ICMS e o ISS fora da sistemática do Simples Nacional, dificultando e burocratizando as operações.

Diante disso, não é possível ver com bons olhos essa proposta, pois é um projeto disfarçado de positivo, mas que será um duro golpe, especialmente aos pequenos empresários. E justamente em um momento em que devemos promover o desenvolvimento e o crescimento da economia.


Fonte: Jornal do Comércio – RS

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Receita abre na sexta-feira, 8 de julho, consulta ao segundo lote de restituição do IRPF de 2016


O segundo lote de restituição do IRPF 2016 contempla 1.490.266 contribuintes




A partir das 9 horas de sexta-feira, 8 de julho, estará disponível para consulta o segundo lote de restituição do IRPF 2016, que contempla 1.490.266 contribuintes, totalizando mais de R$ 2,5 bilhões.
O lote multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física contempla também restituições dos exercícios de 2008 a 2015.
O crédito bancário para 1.566.533 contribuintes será realizado no dia 15 de julho, totalizando o valor de R$ 2,7 bilhões. Desse total, R$ 951.605.753,26 referem-se ao quantitativo de contribuintes de que trata o Art. 69-A da Lei nº 9.784/99, sendo 477.147 contribuintes idosos e 51.310 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.
Os montantes de restituição para cada exercício, e a respectiva taxa selic aplicada, podem ser acompanhados na tabela a seguir:
     Lote IRPFJUL2016.png
A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele será possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.
Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.
Fonte: Receita Federal do Brasil 

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Artigo: Contabilidade Brasileira e os Padrões Internacionais. Por Marcelo Neves Sousa

Sabemos que a contabilidade está diretamente relacionada ao crescimento econômico de um país. No Brasil não seria diferente. A nossa contabilidade segue em passos rápidos, principalmente para acompanhar as mudanças ocasionadas pela contabilidade mundial, tendo como uma das principais a convergência aos padrões internacionais contidos nos International Financial Reporting Standards (IFRS).

Devida à globalização as instituições, tanto privadas como públicas, iniciaram uma forte ligação econômica com países de vários continentes, surgindo assim a necessidade de uma padronização nos procedimentos contábeis para melhor atender os diversos usuários internacionais.

Diante disso, a contabilidade brasileira passou a aderir aos padrões internacionais de contabilidade, que tem com o objetivo maior a uniformização das normas contábeis do Brasil aos padrões internacionais para tornar mais fácil a linguagem contábil entre os países.

A convergência brasileira aos padrões internacionais iniciou-se em 2007 com a publicação da Lei 11.638/2007 e em 2009 com a Resolução CFC 1.156/2009. Aqui no Brasil, a regulamentação é realizada através do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC, que, por sua fez, passaram a seguir aos padrões contidos no IFRS.

Umas das principais mudanças ocorridas pela padronização, dentre outras, foram na nova estruturação do Balanço Patrimonial, nos critérios de avaliação dos ativos e passivos, na publicação do Fluxo de Caixa e da Demonstração do Valor Adicionado.

A convergência traz grandes vantagens para o Brasil, pois além de abrir novas oportunidades para as entidades nacionais junto as internacionais, proporciona uma valorização do profissional contábil, que é quem trata diretamente com as alterações no setor contábil. Mas também exige uma série de investimentos das entidades nacionais em treinamento com a finalidade de colocar os profissionais da área contábil a par das novas mudanças.

Outro ponto, e não menos importante, é a observação por parte dos contabilistas no que diz respeito a legislação internacional, ou seja, acompanhar, dependendo do tipo de entidade, a legislação imposta do exterior as instituições que transacional com outros países. A legislação de um país norteia a contabilidade e isso influencia no tratamento da informação contábil.

Por fim, ainda há grande dificuldade por parte dos profissionais contábeis brasileiros na adaptação aos padrões internacionais, mas é importante que os contabilistas estejam sempre atualizados, buscando acompanhar as mudanças que ocorrem no cenário contábil, bem como as que influenciam no exercício da profissão com a finalidade de prestar um serviço de qualidade.

Marcelo Neves Sousa, contador, professor, especialista em contabilidade, auditoria e controladoria, especializando-se em MBA profissional em gestão pública e responsabilidade fiscal.