quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Quanto vale o seu serviço?


São necessários anos de estudo e preparação para prestar serviços com qualidade e seriedade, mas nem sempre os mesmos são valorizados pelos consumidores. Será que os clientes não sabem selecionar o que precisam ou o prestador de serviço é inábil para informar seus atributos?

Para responder a este questionamento é necessário aprofundar o conhecimento de alguns termos que ainda provocam grande confusão entre os responsáveis pela precificação, sendo que os principais em relação à formação do preço de venda são o lucro, mark-up, preço, custo e valor.

Esta “salada” de termos muitas vezes dificulta a compreensão da mensagem que realmente se pretende transmitir o não entende a informação recebida. Observe o caso corriqueiro do empresário que afirma praticar lucro de 100%. Quem conhece minimamente sobre custos e formação de preço de venda sabe que é impossível lucro de 100%. Provavelmente a afirmação refere-se ao mark-up de 100%, ou seja, a mercadoria que custa R$ 30 é vendida por R$ 60. Veja que nesta confusão nem foi abordado o valor da mercadoria.

É necessário conhecer o significado correto de cada termo para executar com perfeição, pesquisar de forma adequada e quando for comunicar que passe as informações precisas. 

Vamos entender o significado das expressões:

Custo, numa definição bastante simplificada, são todos os gastos, diretos e indiretos, necessários à execução de um serviço, à fabricação de um produto ou ainda à aquisição de uma mercadoria para colocar na prateleira, ou seja, vender.

Preço é a expressão monetária que o fornecedor atribui e aceita trocar pelo serviço ou produto. Comumente chamado de preço de venda, talvez ficasse melhor se batizado de preço de troca.

Valor pode ser considerado a soma dos atributos percebidos, pelo consumidor, em um serviço ou produto, de acordo com as várias alternativas disponíveis. Exemplo simples: a nota de R$ 1, cujo preço é R$ 1, mas o valor percebido por colecionadores pode chegar a R$ 200, e vir a ser o novo preço do produto. Quem define o valor é o cliente e ele nunca está errado.

Quando o cliente não identifica valor que atenda ao “preço da etiqueta” pelo serviço ou produto, proporá pagar menos ou irá buscar outro fornecedor. É possível ajudar os clientes ou prospects a reconhecer valores anteriormente não percebidos, mas para isso é necessário estabelecer um canal de comunicação adequado. Mostrar os riscos que ele incorrerá se não buscar um profissional capacitado é uma forma de valorização do trabalho.

Outra possibilidade, conforme o amigo Robertto Assef em seu livro “Gerência de preços”, é acrescentar atributos de diferenciação aos produtos ou construir algumas vantagens competitivas que não sejam tão trivialmente copiáveis, se possível enfatizando as desvantagens e os riscos dos produtos de baixos preços.

Serviços e produtos de alto valor poderão ter preços maiores e, por consequência, melhorar o lucro.

Fonte: www.gilmarduarte.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Atual cenário econômico valoriza profissionais da área contábil

Momento de insegurança com o cenário econômico leva empresas a valorizar profissionais ligados às áreas contábil, de auditoria e negociações externas. Objetivo é otimizar recursos.

Para enfrentar um 2015 de incertezas nos rumos que a economia brasileira vai tomar, profissionais experientes em criar ou conduzir políticas de austeridade nos gastos e redução de custos, sem comprometer a capacidade das empresas de enfrentar seus concorrentes, já começam a ganhar espaço nas contratações. O outro lado dessa balança, no entanto, será mais desafiador para quem procura emprego: o conturbado ano da Copa e das eleições decretou o fim das propostas salariais agressivas e das polpudas bonificações.

É com esses novos ingredientes dos processos de seleção de mão de obra qualificada que as empresas passaram a trabalhar, segundo pesquisa realizada pela consultoria Fesa, especializada na recolocação de executivos. Num universo de empresas com faturamento entre R$ 120 milhões e R$ 3,5 bilhões, mantendo de 150 a 14 mil funcionários, a maioria dos 50 principais executivos ouvidos no levantamento indicaram a redução de custos como prioridade absoluta. Essa orientação vale para 32% dos entrevistados, seguida pela corrida atrás de rentabilidade e liquidez, com 27% das respostas, informou David Braga, diretor da Fesa em Minas Gerais e no Centro-Oeste.

Com a retração da economia, o aumento dos juros e dos custos de produção, as contratações de executivos se voltaram para profissionais que sejam capazes de enfrentar esses problemas e apresentar soluções. “Percebemos uma tendência de opção pelos profissionais com larga experiência para redefinir modelos de atuação, rever estratégias, que conseguem agregar as pessoas e conectá-las com as demais áreas”, afirma David Braga.

O que as empresas vão procurar, de acordo com o diretor da Fesa, é o nível máximo de assertividade nas ações e o corte de custos desnecessários. “Serão necessários profissionais que têm um olhar especial votado para dentro das empresas, com foco em rever processos, evitar duplicidade de tarefas e adotar melhores práticas, para aumentar a eficiência da informação e o apoio à gestão”, diz Braga. A Fesa ouviu empresas em Minas Gerais dos setores de autopeças, construção, engenharia, produção de alimentos, do varejo e do segmento de serviços financeiros.

Os profissionais das áreas financeira e de controladoria passaram a ser mais demandados em razão do papel fundamental que eles deverão desempenhar em 2015, na avaliação de Hegel Botinha, diretor comercial do grupo Selpe, especializado no recrutamento de mão de obra. “Algumas empresas estão em processo de reavaliação de suas estruturas, refazem planos de investimentos, e negociam com bancos e fornecedores na perspectiva do alongamento de suas dívidas. Isso explica o novo foco das contratações”, afirma. Estão sendo mais requisitados profissionais especializados em consultoria de finanças, auditoria e controladoria, incluindo engenheiros com experiência em gestão.

INOVAÇÃO

De acordo com a pesquisa da Fesa, o tema dos investimentos em inovação também foi abordado como preocupação dos executivos ouvidos. Os aportes destinados a pesquisa e desenvolvimento de produtos têm sido direcionados em apoio ao negócio para 75% dos entrevistados. Quando questionados sobre os recursos aplicados, 40% afirmaram que houve aumento de verbas neste ano, em relação a 2013, e 25% admitiram queda de valores.

Na hora da negociação com a empresa é que as posições estão se invertendo, concordam David Braga e Hegel Botinha. “Até 2013 o poder de decisão estava muito mais nas mãos dos profissionais. Agora, as empresas estão mais comedidas e querem executivos multidisciplinares, porque não há grandes perspectivas de que 2015 será um ano promissor”, diz Braga. O diretor do grupo Selpe observa que num cenário mais complicado da economia é possível que os salários fixos não sejam alterados, mas sim, e para baixo, a remuneração variável, que engloba benefícios e ganhos extraordinários.


Fonte: Estado de Minas

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A importância da contabilidade gerencial nas decisões das empresas

Prever o futuro trilhando o caminho certo e desviando dos erros. Pode parecer impossível e fantasioso, mas não é. No mundo dos negócios, esse cenário é possível por meio de uma boa assessoria contábil. Riscos, lucro e rentabilidade fazem parte do cotidiano desses profissionais, que auxiliam os gestores na tomada de decisões por meio de seu conhecimento da área.

Pode parecer claro para o contabilista, mas fazer com que o cliente entenda a necessidade do seu trabalho é um desafio — pois muitos ainda acreditam que soluções caseiras como planilhas em Excel resolvem o caso. Listamos aqui alguns tópicos que mostram a importância da contabilidade gerencial nas tomadas de decisões das empresas. Confira:

Números que fundamentam os rumos da empresa

Usada para definir o melhor tipo de investimentos, produtos e serviços que geram lucros ou prejuízo, a contabilidade gerencial tem como base a contabilidade societária (espécie de prestação de contas interna, para os gestores ou donos do negócio, e externa, destinada aos bancos, funcionários, fornecedores, etc). Surgiu nos anos 80 nos Estados Unidos e teve uma guinada em seu conceito quando softwares começaram a implantar melhorias de qualidade para aumentar o lucro da empresa.

Benefícios diretos para a empresa

Ter todas as informações gerenciais disponíveis em um clique numa espécie de banco de dados é o cenário ideal para qualquer gestor. E a contabilidade gerencial pode fornecer isso com o objetivo de subsidiar a empresa para que tenha vantagem competitiva e crescimento sustentável. Identificar, mensurar e reduzir custos operacionais são atitudes que ajudam na tomada de decisão com base nessas informações e têm relação direta com o planejamento e controle, bem como com a forma de administrar diversas áreas utilizando melhor os recursos do negócio.

Como as informações podem ser organizadas

As informações contábeis são o coração da empresa na tomada de decisões. Entretanto, para que funcionem adequadamente, precisam estar organizadas de forma eficiente, ainda mais levando em consideração o grande volume delas. Para administrá-las é preciso um bom sistema que entenda tudo isso de forma estratégica. Quando isso é realizado, gera impacto direto em custos operacionais, produtividade, rapidez na comunicação e, claro, na tomada de decisões.

Diferencial competitivo

A contabilidade gerencial deixou de ser um luxo para se tornar um diferencial competitivo. Ter a informação correta na hora certa é estar um passo à frente da concorrência. Sem um sistema que organiza tudo isso, a tarefa se torna bem complicada, assim como a falta de um olhar crítico para a seleção dessas informações torna-se arriscado para qualquer negócio, dos pequenos às empresas de grande porte. Além de tudo isso, as constantes mudanças na legislação e impostos justificam um profissional contábil por perto, permitindo que a empresa esteja focada em seu negócio.

Agrupar dados qualitativos e quantitativos exige técnica especializada que só a contabilidade gerencial pode fornecer de maneira correta. Os sistemas de gestão contábil adequados também fazem parte desse contexto, já que organizam as informações de forma ágil e administram maior volume de dados, com mais segurança.

Fonte: Jornal Contábil

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Na crise, é hora de fortalecer habilidades

Profissionais da área de recursos humanos defendem que competências comportamentais como resiliência, proatividade, engajamento e liderança, entre outras, que são tão importantes para a conquista e manutenção do emprego, tornam-se ainda mais apreciadas nesta fase de crise econômica.
De acordo com o sócio-fundador da empresa de mentoria para executivos CEOlab, Ronaldo Ramos, toda crise é uma oportunidade para a reflexão e o profissional deve aproveitar esse momento para rever as prioridades de carreira e renegociar.
Mantenha os olhos abertos para as oportunidades que possam aparecer. Ter resiliência é muito importante no momento em que mudanças acontecem. Resista à frustração imediata (de perder amigos, mudar de cargo, de empresa) e se reposicione.”
Para o gerente de Território da Raízen em Curitiba, Guilherme Pavão, de 27 anos, a resiliência é a habilidade mais importante para se destacar na carreira, principalmente em momentos de turbulência. Responsável pela negociação entre empresa e postos de combustível, o jovem reconhece a importância de adaptação para a carreira.
Preciso ser resiliente. Meu dia a dia é de consultoria, preciso saber como está o desempenho em vendas, o faturamento, analisar a região, detectar e potencializar receitas.” Pavão reconhece a necessidade de se aperfeiçoar e fazer planejamento.
Segundo ele, apesar do cenário econômico, a empresa – que atua na área energética e surgiu a partir da junção de parte dos negócios da Shell e da Cosan – está em boa fase. Eu me considero preparado para uma oportunidade em outra função ou setor e, se tiver a oportunidade, gostaria muito de participar. Eu me identifico com o valores da empresa, e já penso no futuro.”
De acordo com a gerente de Desenvolvimento Organizacional da Raízen, Beatriz Collesi, o profissional deve ser polivalente, buscar oportunidades e ter senso de protagonismo. Em momentos de crise e incertezas, ele deve se responsabilizar pelo que faz em sua carreira, ser claro e transparente em relação às decisões que toma”, diz.
Quando a empresa está em boa situação, é comum os profissionais se fecharem no círculo de relações que mais se identificam. Em crise, essa situação de restrição de networking mostra-se limitadora, segundo a professora da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Denise Delboni.
Tenha interesse em entender a organização inteira e demonstre competências múltiplas, que possam ser usadas em diferentes projetos e setores”, diz Denise.
Para a especialista em RH do site Vagas.com, Patrícia Sampaio, a crise pode ser uma oportunidade de alçar novas possibilidades profissionais. “Nem sempre o acréscimo de funções está atrelado a uma promoção ou aumento de salário. É importante reafirmar-se como polivalente e proativo e estar preparado para outras mudanças, inclusive migrações dentro da própria companhia.”
Com equipes menores, é necessário exercer múltiplas tarefas. Além disso, a supervisora de assessoria de carreira da Catho, Larissa Meiglin, destaca que a organização do tempo também é uma forma de melhorar as tarefas e organizá-las dentro dos prazos determinados.
Tempo. “Como a oferta de profissionais com experiência aumentou, as exigências para contratação também cresceram. Recrutadores têm valorizado ainda mais profissionais que possuem boa habilidade para gestão do tempo, já que é primordial que o desempenho desse colaborador seja excelente”, diz.
Outra questão destacada por Larissa é a busca por profissionais multitarefa. “Em tempos de crise, outra recomendação importante é ser mais flexível, sobretudo no caso de quem está desempregado.”
De acordo com o coordenador do Núcleo de Desenvolvimento de Pessoas e Liderança da Fundação Dom Cabral, Anderson Sant’Anna, as empresas buscam flexibilidade e adaptabilidade. “A habilidade de adaptação é muito importante, pois se o profissional precisar voltar ao mercado, ele pode se encaixar em diferentes setores”, diz.
Capacidade de se relacionar, ser proativo, mostrar que é capaz de gerar resultados, segundo o coordenador, são competências transferíveis – que estão mais ligadas à subjetividade. “Estão vinculadas ao padrão de competitividade atual.”
O profissional deve ter atitude proativa, inovadora, dar ideias, ter capacidade de ler contextos e não se limitar ao que é prescrito. “Ter repertório amplo é moeda de troca importante nessa fase.”
Em todos os segmentos, diferenciação é uma palavra-chave, o que inclui experiência e formações múltipla. Segundo Patrícia, da Vagas.com, em situações como a atual, é necessário fortalecer a rede de relacionamento.
Para Denise, da FGV, mais do que focar em uma especialização na área profissional, deve-se procurar um setor de interesse, mesmo que se exerça uma função fora da carreira de formação.
Profissional flexível tem mais chance de escapar de cortes’
O gerente das divisões de engenharia, logística e TI da recrutadora Talenses Rio de Janeiro, Rodrigo Maranini, defende que em momentos de crise, os profissionais devem ir além dos próprios limites.
As pessoas precisam se flexibilizar e aumentar o escopo de atuação. Se a empresa precisar encolher o quadro de profissionais, ela vai escolher para ficar o mais flexível, aquele que vai abraçar outras áreas e com adaptação mais rápida”, afirma.
O executivo diz que não dá tempo de esperar as coisas acontecerem, é preciso investir na carreira e estar preparado para o novo cenário de mercado. “Saber se reinventar é uma competência muito importante agora.” Nesse sentido, ele acredita que, independentemente da área de atuação, é essencial entender como fazer mais com menos e saber quais competências devem ser aprimoradas.
Para isso, na sua visão, é importante ter habilidades como ‘visão de dono’ e ser mais produtivo, já que na sua opinião, as empresas buscarão cada vez mais funcionários mais produtivos e competitivos.
Sendo assim, os mais preparados estarão sempre atentos às mudanças do mercado, se destacarão para se tornarem melhores profissionais.”
Segundo a coach Magda de Paula, associada ao Instituto Brasileiro de Coaching, este é o momento de focar mais nas soluções. Para ela, se a proliferação do pessimismo é muito rápida, o esforço para permanecer otimista deve ser maior. Como lembra a especialista, enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Ou seja, o ideal é procurar soluções em vez de ater-se apenas aos problemas.
De acordo com Magda, guiar e inspirar a equipe é uma forma de manter o foco na busca por soluções. A coach lembra que se o líder apresentar um bom direcionamento, os funcionários vão segui-lo.
Dentro dessa ideia, ter objetivos concretos e realistas possibilita que cada resultado favorável seja adequadamente valorizado e utilizado como fonte de inspiração. 
Fonte: Portal Contábil SC

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Carteira de trabalho digital: como funciona e quais são as vantagens


  A carteira de trabalho é um dos documentos mais importantes para o cidadão brasileiro. Ela atesta os locais onde aquele profissional teve vínculo empregatício, mostrando o tempo de contrato e outros dados trabalhistas de cada indivíduo. No entanto, seu tempo de emissão era um problema, especialmente para quem precisava de celeridade para ingressar em um novo emprego.
Por essa razão, o governo criou a nova carteira de trabalho digital. Ela chegou há pouco tempo, mas já tem gerado grandes e positivas mudanças. Batendo recorde de impressões, pode ser produzida em questão de minutos e traz diversas outras vantagens. Quer entender melhor como ela funciona? Confira nosso artigo sobre a carteira de trabalho digital:
Como funciona?
Com a integração de dados do Governo Federal, as informações trabalhistas e previdenciárias são mais facilmente acessadas e cruzadas. Isso permite que o cidadão faça a requisição do documento e receba no ato ou que agende eletronicamente o pedido da carteira.
Pelo novo sistema, é possível saber se o trabalhador tem, por exemplo, outros documentos válidos, se recebe benefícios federais ou se tem o número de PIS ativo. Essa presteza é muito útil na hora de combater fraudes de concessão irregular de benefícios trabalhistas, entre outras situações pouco desejáveis tanto para o governo quanto para o contribuinte.

Para quem precisa solicitar uma segunda via, o banco de dados integrado do Ministério do Trabalho e Emprego também é extremamente útil. Agora, em vez de precisar recorrer às empresas nas quais já trabalhou para comprovar seus vínculos anteriores, os dados estão gravados com todo o histórico e todos os direitos estão reservados e garantidos.
E o melhor de tudo: o trabalhador não precisa desembolsar nada. O documento é 100% gratuito e nem a foto de registro é paga, já que o novo retrato digital será tirado no ato da requisição.

O que muda na prática?
Na prática, o cidadão somente se beneficiará das mudanças. Ele está mais seguro e tem mais celeridade nos seus requerimentos. A carteira de trabalho digital permite a modernização de diversos serviços oferecidos pelo governo federal, entre eles estão o novo sistema de seguro-desemprego com biometria, a certidão negativa de débito e o Portal Mais Emprego, que permite que haja oferta de cursos de qualificação, oferta de vagas de trabalho e conferência de requerimentos.
Vale lembrar que quem possui a carteira de trabalho convencional não precisa pedir a outra agora: a antiga ainda é válida. Só ocorre a impressão e validação pelo novo sistema se houver pedido de segunda via ou emissão da primeira.

Quais são as vantagens?
Como já falamos, o tempo de emissão foi bastante reduzido (agora não dura mais do que 20 minutos) e não há mais gasto de dinheiro para retirar o documento (a nova carteira de trabalho digital é grátis e até a foto é feita na hora). O sistema integrado de informações deixa os dados dos trabalhadores muito mais seguros e protege a população — e o governo — contra ações trabalhistas fraudulentas que lesam o Estado e trazem prejuízos para a economia brasileira.
A carteira de trabalho digital, em suma, é um passo importante no processo de reestruturação da rede de atendimento do Ministério do Trabalho visando melhorar a experiência e a relação do cidadão com o poder público.
 Fonte: Blog Sage



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Responsáveis técnicos por balanços contábeis terão de cumprir educação continuada



Regra passa a valer em 2016 e atinge profissionais de empresas sujeitas a contratação de auditorias

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) está realizando uma série de encontros com entidades do setor regulado para divulgar a Norma Brasileira de Contabilidade(NBC) PG 12, que trata da Educação Profissional Continuada (EPC). Editada em novembro de 2014, e com validade a partir do próximo ano, a norma impõe o cumprimento da EPC a todos os responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis de empresas reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Banco Central do Brasil (BCB), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), ou que sejam consideradas de grande porte. O objetivo é garantir que esses profissionais se mantenham atualizados e em sintonia com as alterações que ocorrem nas normas em geral e na legislação aplicada ao setor. 

A EPC existe desde 2003 e era obrigatória para os auditores registrados no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) e para os que atuam no mercado regulado. A NBC PG 12 alterou a abrangência da norma anterior, a NBC PA 12, voltada para auditores, para incluir também os profissionais que são responsáveis pela preparação das demonstrações contábeis. De acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Breda, a mudança decorre de uma exigência do mercado profissional nessa área. “Havia a necessidade de que os profissionais que auditam as demonstrações contábeis e os responsáveis por apresentá-las estivessem submetidos às mesmas exigências em termos de atualização, garantindo maior qualidade às informações" explica. 

contabilidade brasileira vem passando por profundas mudanças nos últimos anos, especialmente a partir de 2010, com a consolidação da convergência das normas brasileiras de contabilidade do setor privado e as de auditoria às regras internacionalmente aceitas. O movimento de convergência foi conduzido pelo CFC. Com isso, a atualização profissional, mais do que nunca, passa a ser uma necessidade.

“O profissional da contabilidade precisa estar preparado e atento às mudanças pelas quais o setor passa. Quando tratamos de empresas cuja contabilidade é de interesse de muitos públicos, como as reguladas por BCB, CVM e Susep, essa necessidade é ainda maior”, ressalta Breda. "Essa exigência de que o profissional contábil cumpra um programa de educação continuada é também orientação dos organismos internacionais da profissão, como a Federação Internacional de Contadores (IFAC na sigla em inglês), que tem normas editadas a esse respeito que devem ser seguidas por todos os países-membros, como é o caso do Brasil."

A NBC PG 12 exige também que a EPC seja cumprida por todos os auditores independentes, mesmo os que não atuam no mercado regulado. Os profissionais enquadrados na regra precisam obter ao menos 40 pontos no programa de educação continuada por ano-calendário. Cursos, palestras, reuniões técnicas, docência, participação em comissões profissionais e técnicas, bancas acadêmicas, orientação de tese, monografia ou dissertação, publicação de artigos em jornais, revistas, autoria de livros e outras atividades acadêmicas, desde que credenciadas pelo CFC, são aceitas na contagem de pontos. Para saber quais são as instituições e os eventos credenciados e a pontuação de cada atividade, o interessado deve procurar o Conselho Regional de Contabilidade do seu Estado ou enviar e-mail para o Departamento de Desenvolvimento Profissional do CFC epc@cfc.org.br com o questionamento. 

Para esclarecer todos os pontos da norma, o CFC está realizando reuniões com as entidades representantes das empresas sujeitas a auditoria. Em agosto ocorreu a primeira, entre o CFC e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Na última terça-feira (29/9), Breda se reuniu com membros da Comissão de Auditoria e Normas Contábeis da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). "Estão previstas outras reuniões com entidades de classe empresariais até o fim do ano", avisa Breda. 

Uma revisão da NBC PG 12, já discutida no âmbito da Comissão de Educação Profissional Continuada do CFC, deve entrar em audiência pública nos próximos dias. As mudanças propostas agora visam a fazer alguns ajustes técnicos na norma e não têm nenhuma relação com a obrigatoriedade do cumprimento da EPC.

Sobre o CFC
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma autarquia federal, dotada de personalidade jurídica de direito público, criada pelo Decreto-Lei nº 9.295/46, de 27 de maio de 1946. O principal objetivo do CFC é registrar, normatizar, fiscalizar, promover a educação continuada e editar normas brasileiras de contabilidade de natureza técnica e profissional. O conselho conta com um representante de cada Estado e do Distrito Federal. Atualmente, existem mais de 520 mil profissionais no País, incluindo contadores e técnicos em contabilidade.
Fonte: RP1 Comunicação