quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Crise: Por que seu Contador é importante para as estratégias de 2016


De fato, o ano de 2015 não foi dos melhores para os brasileiros. Empresários ou não. E 2016 se anuncia como igualmente desafiador. Do ponto de vista tributário, quando os tempos são ‘bicudos’, governo como o brasileiro, que ‘gasta e gere mal recursos públicos’, tende a apertar o seu contribuinte para fechar suas contas. Neste sentido, as recomendações que faço aos empresários são:

1 – Faça reunião com o seu contador para entender os efeitos sobre o seu negócio referente aos tributos, obrigações acessórias e o melhor aproveitamento das demonstrações contábeis, para realizar planejamento tributário adequado ao seu tipo de negócio (a chamada elisão fiscal, que é diferente de ‘sonegação fiscal’).

2 – Analise o seu regime tributário para 2016. A opção tem de ser agora em janeiro, com base em suas perspectivas de receitas, seus custos e despesas, lembrando que existem basicamente três tipos de tributação no Brasil: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, sendo que o Lucro Presumido e o Simples Nacional possuem restrições e regras para sua adoção e trabalham com alíquotas fixas sobre o faturamento, e o Lucro Real possibilita, quando em caso de prejuízo ‘provado contabilmente’, o não recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social.

3 – Avaliação de débitos com as administrações tributárias federal, estaduais e municipais buscando os parcelamentos dos mesmos para a regularidade do negócio.

4 – Estruturação interna de seus sistemas financeiros envolvendo contas a pagar e a receber e, em especial, todo sistema que envolva o controle de mercadorias. Isso porque a entrada do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) será estendido em 2016 com a criação do Bloco K, lembrando que este iniciou com a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), depois ‘Sped Fiscal’ e ‘Sped Contribuições’. No último ano, as empresas que optaram pelo Lucro Presumido tiveram que apresentar a contabilidade pelo ‘Sped Contábil’, ou seja, os números completamente expostos ao Fisco federal e demais órgãos fiscalizadores que têm convênio com a Receita Federal para acesso de informações. A solução para isso é que há no mercado sistemas empresariais (ERPs) de características e valores acessíveis – alguns gratuitos e nas nuvens – que facilitam a gestão, além de totalmente aderentes aos sistemas das empresas contábeis que atendem à esmagadora maioria de micro, pequenas e médias indústrias, o que facilita o trânsito de informações financeiras e fiscais.

Embora os comentários acima sejam básicos, ainda há grande dificuldade e, por consequência, grandes prejuízos e perdas de tempo por não se tratar dos pontos acima com a devida atenção e cautela que o assunto merece.
Fonte:  Diário do Grande ABC

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Planejamento 2016: você já começou o seu?


Há diversas maneiras de traçar planos, de acordo com características da organização, da gestão e da abrangência pretendida para o planejamento

Mais um ano que vai chegando ao seu fim. Já vivemos boa parte das situações e cenários que o ano de 2015 nos apresentou. Tivemos mudanças em diversas esferas governamentais, crises econômicas e políticas, CPIs, alterações normativas, ensinamentos ao redor de fomento, melhores práticas, oportunidades e desafios, e assim em diante. Essas e outras variáveis permeiam o dia-a-dia das organizações e trazem impactos desde as operações mais corriqueiras até as estratégicas.

Portanto, se sua organização possui um plano estratégico plurianual, é bem possível que ele precise ser revisto para que continue aderente aos novos desafios e oportunidades. Se, no entanto, o planejamento estratégico de sua organização é feito ano a ano, por certo suas características para 2016 serão bem diferentes daquelas estabelecidas para 2015. E se você não possui como hábito utilizar o planejamento como ferramenta de gestão, saiba que ele é essencial em momentos de grandes mudanças como este que vivemos: comece com um planejamento simplificado e vá evoluindo com o tempo, mas não deixe de dar o pontapé inicial. Qualquer que seja sua situação, um ótimo momento para discutir e começar a definir planos é agora!

Há diversas maneiras de traçar planos, de acordo com características da organização, da gestão e da abrangência pretendida para o planejamento. Por isto, acredito que tentar estabelecer um roteiro ideal para se fazer planos, que deva ser seguido à risca por gestores, possa ser algo frustrante e ineficaz. Assim, sem me ater ao rigor técnico, compartilho com vocês alguns passos generalistas que entendo serem base para qualquer planejamento e organização. Vamos lá?

1º passo: enxergando ao redor e a si mesmo

Ter clareza sobre o que está acontecendo nos ambientes externo e interno de nossas organizações é um ótimo ponto de partida.

Para os fundos de pensão, os arredores se mostram bastante turbulentos e em pleno processo de mudanças. Talvez você tenha a impressão que tudo está como foi, mas veja de novo: o público-alvo mudou de perfil e de características, em boa parte está migrando para outras formas de poupança ou está cogitando ter acesso às reservas que já possui, neste momento de crise; as discussões sobre fomento nunca estiveram tão em voga e políticas efetivas já começam a se concretizar; uma parte significativa da legislação e, por consequência, dos processos que se aplicavam a 2015 sofreram ou ainda sofrerão alterações para 2016; isto para não discorrer sobre o momento econômico e político que vivemos, que é altamente impactante para o setor. Tão profunda é a mudança que se falou muito, no último Congresso que ocorreu aqui em Brasília, em termos como “ruptura” e “reestruturação”, indicando que pouco permanecerá como antes.

E dentro de casa? Quão bem preparada sua estrutura tecnológica, orçamentária, de pessoal, de prestadores e de processos está para enfrentar os desafios que vêm de fora? Você está protegido contra riscos – especialmente quando as coisas estão mudando cada vez mais rápido e de forma mais profunda? O que seus principais indicadores de gestão apontam e como eles se comparam aos de outras organizações similares?

Esta é uma etapa mais analítica, que pode ser iniciada através de tempestades de ideias (ou brainstorms, para quem prefere o termo em inglês) e que deve ser aprofundada até a medida que seja necessária para subsidiar o planejamento. O fundamental, aqui, é ter precisão! Começar o planejamento esquecendo ou avaliando mal algo importante põe por água abaixo os esforços seguintes.

2º passo: problematizando e oportunizando

Ato quase reflexo do passo anterior, começamos a identificar problemas que precisaremos enfrentar e, também, boas oportunidades que podem ser melhor aproveitadas.

Cada característica identificada no passo anterior costuma ter reflexos em situações que, se bem trabalhadas, podem transformar potenciais (ou atuais) problemas em oportunidades. Um exemplo prático: se a crise debilita as economias dos cidadãos, é momento de reter os atuais participantes, com flexibilidades que os ajudem a atravessar o momento sem ter de sair do plano e prejudicar seu futuro. Por outro lado, é hora de mostrar àqueles que não aderiram ao plano ainda o quão importante é estar preparado para tempos de vacas magras e com isto, quem sabe, elevar o número de participantes.

Uma ferramenta muito prática para este passo é a matriz FOFA (ou SWOT, no inglês), que ajuda a organizar o diagnóstico de forças, oportunidades, fraquezas e ameaças.

3º passo: traçando ações alinhadas aos objetivos da organização

Comece este passo tendo clareza sobre aonde sua organização quer chegar. Afinal, de que adiantaria conhecer muito bem o ambiente, sua estrutura e riscos possíveis sem saber para onde se deseja ir? Para darmos forma ao “mapa” que é o planejamento, precisamos dessas informações. A depender do caso, o destino final pode até não ser tão exato, mas precisamos pelo menos do rumo e do direcionamento para seguir.

Passe então a elencar ações que remediem os problemas e abracem as oportunidades já identificadas. É possível que conste da lista de ações oferecer estruturas de atendimento mais modernas, com emprego de tecnologias atuais; estruturar produtos e planos mais adequados também pode ser algo muito importante neste momento em que se apregoa novas abordagens; ter boas práticas de governança e saber evidenciar isto aos “clientes” é passo fundamental; dentre outras medidas. E por quais modificações sua organização precisa passar para estar pronta para tudo isso?

Ponto importante aqui é enxergar as ações elencadas de forma integrada e harmônica. Primeiro, como falamos antes, é preciso convergir a um objetivo central (ou conjunto de objetivos). Segundo, é necessário checar se não há ações conflitantes ou elementos soltos, que levarão a lugar nenhum. Por último, mas não menos relevante, é saber medir o fôlego e a disponibilidade de recursos para fazer tudo que se deseja.

4º passo: indicadores, metas e pontos de controle

Com o planejamento já estruturado, busque verificar formas de medir o sucesso ou fracasso das ações ao longo do percurso através de indicadores, que refletirão o status atual e o desejado. Isto apontará o que está dando certo e o que precisa ser revisto, ajudando a lidar com as incertezas que (com certeza!) aparecerão no caminho.

Quanto mais for possível quantificar os indicadores e ter referenciais, melhor. Por exemplo, nível de adesão: identifique qual o nível de adesão atual; analise referenciais de planos / fundos semelhantes; e estabeleça uma meta de onde se pretende chegar. Revise novamente o planejamento e certifique-se de que há ações suficientes dando apoio à mudança pretendida (de/para estabelecido para o indicador), fazendo alterações sempre que necessário. E preveja, de antemão, momentos futuros em que o planejamento deverá ser novamente revisto.

Por fim, talvez o planejamento lhe soe um pouco burocrático e teórico demais. Mas há poucas ferramentas tão práticas e eficazes como um planejamento bem feito. Por isto, encorajo-o(a) a arregaçar as mangas e seguir em frente com seus planos para 2016!
Fonte. http://www.administradores.com.br

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Contabilidade Ambiental em Alta


O que é contabilidade ambiental?
  
A sociedade, as empresas e os governos cada vez mais se conscientizam da condição de limitação e desgaste dos recursos naturais e das consequências negativas do desenvolvimento despreocupado com o meio ambiente.

A contabilidade ambiental surge em meio a esse cenário como uma força extra entre outras inúmeras iniciativas que caracterizam um amadurecimento desse tipo de reflexão. É o ramo da contabilidade em que são registrados, portanto, controlados, dados correspondentes a ações da empresa que afetam o meio ambiente, funcionando como um registro do patrimônio ambiental, benefícios, prejuízos e resultados da exploração ambiental expressos monetariamente.

Os profissionais e escritórios de contabilidade podem atuar nesse ramo de atividade propondo modelos para as empresas de modo a incentivar a implementação de gestões mais voltadas ao aspecto ambiental, apresentando métodos ou sistemas para a contabilização das ações. Podendo também atuar gerindo e disponibilizando informação monetária sobre as condições ambientais que afetam a situação patrimonial da empresa.

Novas necessidades que a contabilidade pode suprir

O foco da contabilidade ambiental está na sustentabilidade, na responsabilidade social e no relacionamento com a comunidade. Atualmente, já não podem prevalecer apenas os interesses financeiros da organização, pois a manutenção de uma empresa no mercado depende também do equilíbrio que ela conseguir estabelecer entre as próprias motivações econômicas e os interesses da administração pública e do entorno comunitário.

O escritório de contabilidade deve estar presente nesse novo direcionamento assumido pelas empresas, coordenando com igualdade de importância as informações contábeis relativas às ações ambientais e deixando evidentes os benefícios dos quais podem usufruir a partir dessa iniciativa.

Para além disso, a responsabilidade social tornou-se pré-requisito às entidades, tanto do ponto de vista das exigências legais, quanto do mercado e da concorrência. Isso amplia as oportunidades de atuação das assessorias contábeis, uma demanda profissional que deve suprir as necessidades das empresas em desenvolver e gerir sua contabilidade ambiental.

Possibilidades da contabilidade ambiental

Concretamente, seu papel é determinante para: controle de estoques de insumos antipoluentes; gestão dos investimentos em tecnologias antipoluentes; controle financeiro das iniciativas de recuperação de áreas degradadas; gestão de pagamentos de multas em decorrência de eventuais irregularidades; planejamento financeiro para previsíveis perdas patrimoniais em função de eventos de cunho ambiental; controle de custos e despesas gerados por ações de contenção da poluição.

O desempenho e a própria existência da contabilidade ambiental no interior das empresas torna evidente o compromisso de cada organização com o meio ambiente, deixando também claro o interesse das corporações em promover iniciativas para amenizar o impacto de suas ações e, dessa forma, comprometendo-se com a responsabilidade social.

Cabe à assessoria contábil acompanhar as mudanças que geram novas necessidades para as empresas, o que, nesse caso, equivale a colaborar para a implementação do fator ambiental à gestão administrativa e contábil das organizações.

O Passivo Ambiental

O Passivo Ambiental corresponde ao saldo das obrigações devidas pela empresa e tem significativa importância para a avaliação das condições de continuidade e equilíbrio do negócio. Ele desdobra, inclusive, implicações nas negociações de compra e venda das corporações, pois os custos ou dividendos decorrentes da responsabilidade ambiental afetam visivelmente a situação econômica e se tornam determinantes na percepção sobre rentabilidade da transação.

Numa venda, o passivo ambiental passa a ser uma responsabilidade que é passada adiante. É uma informação que contribui para avaliar a relação de custo-benefício inerente à compra de uma empresa.

A avaliação do passivo ambiental pode ser desempenhada pelo escritório de contabilidade, verificando estar de acordo com a evolução das normas contábeis, questões de transparências das informações e avaliando o peso que esse tipo de passivo representa para a instituição.

A importância do reconhecimento das responsabilidades ambientais

A contabilidade, enquanto fonte de registro e ferramenta fundamental de cálculo, é uma essencial aliada das empresas que procuram desenvolver ações na vertente ambiental. Reconhecer suas responsabilidades diante da coletividade soma às empresas vantagens concretas relacionadas à construção de sua imagem no mercado, podendo inclusive alcançar tarifas de juros menores para a captação de recursos e melhores oportunidades de negócios.

Os escritórios contábeis devem estar preparados para lidar com as transformações movimentadas pela contabilidade ambiental, aptos a atender às necessidades de desenvolvimento das empresas nesse campo, que a cada dia mostra-se mais presente na escala de importância das organizações de um modo geral. Afinal, embora a contabilidade não possa apresentar uma solução definitiva, é parte significativa que colabora para a resolução do problema do meio ambiente. 
Fonte: http://blog.sage.com.br/o-que-e-contabilidade-ambiental/